10 milhões do público-alvo ainda não se vacinou contra gripe
06/06/2020
A segunda fase da Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe encerra no dia 8 de maio em todo o país, e apenas 36% (5,6 milhões) do público prioritário foi vacinado nesta etapa, faltando ainda cerca de 10 milhões de pessoas. O Ministério da Saúde alerta que a população deve ir até um posto de saúde para receber a vacina contra gripe, independente da pandemia da COVID-19. Os estados e municípios estão preparados para oferecer a vacina de forma segura aos grupos prioritários.
A meta é vacinar 90% de todos os públicos previstos para as três fases da campanha. A segunda fase da vacinação é direcionada aos povos indígenas, caminhoneiros, motoristas e cobradores de transportes coletivos, trabalhadores portuários, membros das forças de segurança e salvamento; pessoas com doenças crônicas e outras condições clínicas especiais; adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas; população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional.
Motoristas e cobradores, caminhoneiros e portuários devem buscar a vacinação, independente do seu estado ou município de residência, em qualquer serviço público de vacinação, fixo ou móvel, pois transitam em todo o país. Recomenda-se a apresentação de algum documento comprobatório, como carteira de trabalho, o contracheque com documento de identidade, a carteira de sócio (a) dos sindicatos de transportes, carteira de habilitação (categorias C, D ou E), registro no Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO) ou declarações dos serviços onde atuam.
Até o momento, os profissionais de transporte coletivo (motoristas e cobradores), caminhoneiros e portuários registraram a menor procura na segunda fase da campanha. Foram 467 mil doses aplicadas, sendo que a estimativa é vacinar 2,6 milhões desses profissionais.
O registro e monitoramento das doses aplicadas no sistema de informação é de grande importância. Até o momento, cinco municípios dos estados de Rondônia, Amazonas e Pará ainda não registraram nenhuma dose aplicada no sistema de Informação.
As pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, devem apresentar prescrição médica no ato da vacinação. Pacientes cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do SUS deverão se dirigir aos postos em que estão registrados para receber a vacina, sem a necessidade de apresentação de prescrição médica.
TERCEIRA FASE DA CAMPANHA
A terceira fase da campanha terá início no dia 11 de maio e será dividida em duas etapas. A primeira ocorre no período de 11 a 17 de maio com foco nas pessoas com deficiência; crianças de 6 meses a menores de 6 anos; gestantes; mães no pós-parto até 45 dias. A segunda etapa ocorre entre 18 de maio a 5 de junho e estão incluídos os professores das escolas públicas e privadas e os adultos de 55 a 59 anos de idade.
A Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe segue até o dia 5 de junho e a meta é vacinar, pelo menos, 90% de cada um desses grupos.DOSES ENVIADAS
Todos os estados estão abastecidos para continuação da Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe. Para isso, o Ministério da Saúde investiu R$ 1,1 bilhão na aquisição de 79 milhões de doses da vacina para as três fases. Mais de 64 milhões de doses já foram enviadas às Unidades Federadas para atender o público-alvo das duas primeiras fases, totalizando 41,5 milhões de pessoas.
Toda semana, o Ministério da Saúde envia novas remessas de lotes da vacina aos estados, conforme entrega do Instituto Butantan, que antecipou em um mês sua produção, para que o país iniciasse a vacinação da população contra a gripe. Os estados são responsáveis por fazer a distribuição aos municípios.
CASOS DE INFLUENZA NO BRASIL
O Ministério da Saúde mantém a vigilância da influenza no Brasil por meio da vigilância sentinela de Síndrome Gripal (SG) e de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em pacientes hospitalizados. São 200 unidades distribuídas em todas as regiões geográficas do país e tem como objetivo principal identificar os vírus respiratórios circulantes, permitir o monitoramento da demanda de atendimento dos casos hospitalizados e óbitos.
Em 2020, até o dia 18 de abril, foram registrados 1.696 casos de SRAG hospitalizados por influenza (gripe) em todo o país, com 163 mortes. Do total de casos que já tiveram a subtipagem identificada, 468 foram casos de influenza A (H1N1), com 66 óbitos; 45 casos e 10 óbitos por influenza A (H3N2), 263 de influenza A não subtipado, com 43 mortes; e 399 casos e 44 óbitos por influenza B.
Fonte: Ministério da Saúde