Bem Vindo a INSECT - Controle de Pragas Urbanas!
Foi o motorista do táxi que me chamou a atenção para o
problema. Falante, o rapaz conseguiu levantar boa parte de minha ficha corrida
no curto trajeto entre o aeroporto e meu destino em Curitiba. Logo soube que eu
era médica veterinária e, então, decidiu tirar algumas dúvidas.
E eram muitas. Daria um livro de perguntas e respostas. Mas
uma delas era exatamente se a população de pulgas e carrapatos aumenta no verão
ou se era impressão dele de que a cachorra da rua, que a família ajuda a
cuidar, fica mais infestada de parasitas nesta época do ano.
“Sim, pulgas e carrapatos adoram o verão!”, respondi
prontamente. “Mesmo em cidades mais frescas como Curitiba e São Paulo”,
completei.
Sempre soube que esses parasitas podem sobreviver por meses
em fases imaturas para concluir o ciclo de vida exatamente nas estações mais
quentes e úmidas do ano. Mas em quanto isso aumenta a frequência de animais
infestados?
Empurrada pela dúvida do taxista, lá fui eu ao PubMed (o
maior banco de dados de artigos médicos do mundo). E descobri que a impressão
do rapaz já havia sido cientificamente quantificada.
No estudo mais recente, feito na Europa, os pesquisadores
relatam que, no inverno, 5,4% dos cães e 8% dos gatos levados aos consultórios
veterinários tinham sinais de infestação por ectoparasitas. No verão, esse
universo saltava para 27% dos cães e 35% dos gatos. Isso entre animais europeus
e domiciliados. Imagine entre animais de rua em um país tropical!
Queria reencontrar o taxista e responder de forma mais
enfática que temos, sim, quatro vezes mais cães infestados por pulgas e
carrapatos no verão (o que significa um risco igualmente maior de transmissão
de doenças, como a erliquiose). E que o único caminho é aplicar o remedinho.
Mas, enfim, talvez a função da pergunta dele tenha sido me
chamar a atenção para algo tão corriqueiro quanto importante. Porque a gente
gasta tempo, dinheiro e papel lendo e escrevendo sobre doenças tão complicadas
e problemas tão elaborados, enquanto tem cão e gato que ainda morre de picada
de pulga e de carrapato.
RISCOS PARA SAÚDE HUMANA:
A infestação de
pulgas pode ocorrer por diversos fatores que favorecem o desenvolvimento desses
insetos, principalmente:
Contato com animais infectados
Acúmulo de poeira
Falta de limpeza em cantos da casa ou frestas no assoalho
Usar vestimentas ou roupas de cama que ficaram expostas
Contato com animais de estimação em que não é aplicado
antipulgas regularmente
Imóveis fechados por muito tempo
Qualquer pessoa ou
animal pode contrair pulga, é só ficar exposto. Contudo, alguns fatores podem contribuir:
Trabalhar com animais silvestres ou de estimação
Locais com péssimas condições de higiene
Lidar com populações em estado de miséria ou moradores de
rua
Visitar imóveis que ficaram abandonados ou estão cheios de
poeira
Trabalhar com contenção de pragas sem a devida proteção
Os sintomas da
presença de pulga em humanos são:
Coceira
Erupções cutâneas, que podem sangrar e/ou coçar e que ficam
esbranquiçadas quando pressionadas. Muitas vezes estão localizadas nas axilas,
articulações ou nas dobras da pele, como sob os seios ou na virilha
Pode haver inchaço ao redor da lesão ou ferida
Urticária
Como eliminar?
- Passe aspirador no piso, nos carpetes e rodapés de casa
para retirar possíveis ovos. Depois, aplique um inseticida específico e repita
o processo mais uma ou duas vezes, mas para esse procedimento contrate
uma empresa especializada.
- Cuide também do seu cachorro e leve-o ao veterinário.
Fonte: Folha de São
Paulo - SP
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